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Saiba por que 2021 foi escolhido pela ONU como o Ano Internacional da Economia Criativa e os conceitos por trás deste segmento que cresce em todo o mundo.
Não há como negar que, ao longo da história, a criatividade transcendeu as conexões com arte e liberdade de expressão para se tornar parte importante da Economia Criativa de mercado. Seja em negócios para estimular os sentidos e emoções. Ou, ainda, para atribuir às empresas um senso de identidade ao gerar lucro a partir dos recursos intelectuais.
Assim, a indústria criativa deixou de ser apenas um nicho, conquistando um importante papel na produção de trabalho e riquezas. Especialmente nos últimos anos. Com os millennials, negócios com este apelo ganharam ainda mais importância entre os consumidores. Não somente por fomentar a tecnologia e inovação, como também por promover a diversidade cultural e o desenvolvimento do ser humano.
“A Economia Criativa vê a necessidade de gerar subsídios para o crescimento econômico sustentável e inclusivo. Bem como fomentar oportunidades e benfeitorias para todos. Ela é capaz de contribuir com as várias dimensões da sustentabilidade como econômica, social, ambiental, ética, pedagógica, politica, estética e, principalmente, a cultural”, explica Luis Fernando Albalustro, responsável técnico do Programa Senac Criativo.
Mesmo que os conceitos de Economia Criativa permeassem os estudos da área desde a década de 60 foi somente em 2001 que John Howkins deu vida ao termo no livro “The Creative Economy: How People Make Money from Ideas”.
Na obra, o pesquisador inglês explica que a Economia Criativa se posiciona entre os preceitos de economia (já que contribui com o PIB) e inovação (promovendo crescimento e competição nas atividades tradicionais). E traz, ainda, a concepção de valor social (estimulando conhecimento e talentos) e sustentabilidade.
Na prática, são negócios que vão da gastronomia ao turismo e lazer, do design e artes visuais ao artesanato e música. De acordo com um levantamento da Firjan, este segmento movimentou, em 2017, R$ 171,5 bilhões no Brasil. Isso representa 2,61% de toda a riqueza produzida no país. Segundo o mapeamento, este crescimento está relacionado não só à inovação digital como também à experiência dos consumidores super conectados.
Com todos estes índices positivos, não só no Brasil como em todo o mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu o papel essencial da Economia Criativa. Além da sua importância como aliada aos processos de proteção socioambiental. Então, em 2019, a ONU convocou uma assembleia para debater o papel da economia criativa para o desenvolvimento sustentável. Tudo isso com o objetivo de compreender as conexões que impactam a sustentabilidade global.
Portanto, ficou definido durante a 74ª Sessão da Assembleia Geral que 2021 seria o Ano Internacional da Economia Criativa para o desenvolvimento sustentável. A proposta da organização é promover o crescimento econômico sustentado e inclusivo por meio de inovação. E, desse modo, gerar oportunidades de empoderamento a todos. Assim como a necessidade de diversificar a produção e exportações de indústrias criativas, especialmente em países menos favorecidos.
“A Economia Criativa vem assumindo o papel cada vez mais claro nas contribuições de planos de desenvolvimento urbano. Isto é, para tornar os municípios locais mais seguros, resilientes, inovadores, inclusivos e sustentáveis”, conclui Albalustro.
Alinhado a este contexto, o Programa Senac Criativo prevê uma programação especial para celebrar o Ano Internacional da Economia Criativa. Entre as ações, destaque para 1º Fórum de Economia Criativa do Senac Santa Catarina e o 2º Criativa Weekend Game Jam para Crianças e Adolescentes. Além do lançamento da nova metodologia do Senac SC para implementação do Plano Municipal Estratégico de Economia Criativa.
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