O Senac recentemente abordou o tema sobre senhas que você pode conferir aqui. Visando aprofundar o assunto, nosso professor do curso Técnico em Redes, do Senac em Palhoça, Charles Josiah Rusch Alandt,elaborou algumas dicas para quem está sempre conectado ter a segurança de suas informações garantidas. Segundo ele, podemos facilmente ter nossas identidades digitais roubadas, o que seria um crime equivalente a falsidade ideológica. Por isso é importante estar atento para não ser vítima.

Exemplos de brechas não faltam.  Desde a utilização da identidade para envio de SPAMs, ao acesso as contas para crimes financeiros e outras fraudes. A punição para este tipo de crime vem se agravando. Um dos exemplos é a criação da Lei nº 12.737 ou Lei Carolina Dieckmann – batizada em referência ao caso da publicação de fotos íntimas sem autorização da atriz – a qual define que o “atacante” está sujeito à reclusão de um a cinco anos por invasão de dispositivo informático. Em 2013, o assunto foi novamente discutido com o vazamento das informações confidenciais da CIA, nos EUA, como você pode acompanhar nessa postagem.

A questão é: como você pode se precaver? Para não cair em nenhuma armadilha, confira as 9 dicas e recomendações do professor Charles:

  1. Nunca use senhas simples, como: 123 321, admin, data de nascimento, casamento, nome esposa ou dos filhos. Uma famosa falha ocorreu em 2010, com o apresentador  Luciano Huck, na ocasião teve sua conta do Twitter roubada e o invasor ainda postou: “Sério que a tua senha é a data do teu aniversário?”.
  2. Nunca fale a sua senha para outras pessoas ou dê indícios para evitar ataques do tipo “Engenharia Social”, ou seja, informações que possam ser descobertos facilmente, estudando as redes sociais da vítima.
  3. Use uma senha diferente para cada serviço online.
  4. Nunca anote as senhas em locais fáceis e visíveis, como em um “post-it” no monitor ou escrito debaixo do teclado.
  5. Utilize senhas com caracter especial, letras, números, maiúsculos, minúsculos  e com no minimo 6 dígitos. Considere que uma senha de 6 caracteres, somente letras minúsculas, leva em aproximadamente 1 segundo para ser descoberta; enquanto a mesma senha mas com somente 1 caracter especial já aumenta para 3 horas. E já uma senha com maiúsculos, minúsculos, números e caracteres especiais eleva o tempo para 30 anos. Teste a segurança da sua senha no site how secure is my password.
  6. Procure trocar a senha periodicamente. O ideal é entre 90 a 180 dias efetuar uma mudança. Mas se desconfiar que elas tenham sido descobertas ou que o computador no qual você as usou tenha sido invadido altere o quanto antes.
  7. Utilize a autenticação em duas etapas para serviços de e-mail e rede social. Esse procedimento já é comum em bancos como Itaú, Bradesco e Santander que fazem uso de uma cartela com senhas únicas para cada pessoa.
  8. Evite salvar as senhas no navegador. Fique atento as mensagens: lembre-se de mim, continuar conectado ou salvar essa senha. Assim você não corre o risco de salvar por acidente.
  9. Mantenha seu antivírus, antispam, anti-malware e firewall atualizados.

O professor ainda complementa: “A luta para garantir nossa individualidade, nossa identidade na internet é diária. Não podemos achar que não somos ninguém, e não sofreremos nenhuma ataque ou tentativa de roubo de nossas informações. Pessoas que pensam assim são os primeiros a ser comprometidos.”

Agora você já se sente preparado? Uma boa forma de entender mais sobre o assunto é compreender como é o desenvolvimento de sistemas e consequentemente suas falhas de segurança ou, caso você crie admiração pela área, inspirado pelo professor Charles, que tal uma pós-graduação em Segurança da Informação?

E você? Já teve seus dados comprometidos, compartilhe nos comentários suas experiências. ;-)

Publicações Relacionadas