Com base no último Censo Demográfico feito pelo IBGE em 2010, cerca de 45 milhões de pessoas apresentam algum tipo de deficiência no Brasil, o que representa aproximadamente 24% da população. Ao priorizar a acessibilidade em sites e aplicativos, programadores viabilizam a navegação destes usuários, assim como a de idosos e analfabetos. Os ajustes são simples, mas podem eliminar barreiras na internet, e com isso, promover uma maior inclusão digital.

Por que a acessibilidade é uma forma de inclusão digital?

Através da acessibilidade é possível planejar espaços para todas as pessoas, independente da necessidade. Na internet, ela inclui a inserção de ferramentas acessíveis, que viabilizam o uso de muitos usuários e democratizam o acesso ao conteúdo. Por isso, adotar a proposta na programação é uma forma inclusão digital! No caso de idosos e pessoas com deficiência, por exemplo, a acessibilidade acaba sendo fundamental para diminuir a necessidade de locomoção, seja ao fazer compras online ou tarefas simples do cotidiano. 

5 maneiras de programar plataformas pensando na acessibilidade: 

1. Adote as transcrições de áudios, textos e imagens como regra ao programar seus sites ou aplicativos, essas alternativas possibilitam um conteúdo mais acessível para usuários com deficiência auditiva e visual. 

2. Sugerir uma ampliação de tela que não altere o layout é essencial para a acessibilidade de pessoas com a visão comprometida. Além disso, lembre que uma parte dos usuários só utiliza a internet através de dispositivos móveis, então é importante que a interface se adapte aos diferentes tipos de tela.   

3. Não use apenas as cores para destacar as informações do seu site ou aplicativo, usuários daltônicos podem ter dificuldade em diferenciá-las sem um contraste evidente. Experimente formas geométricas e posições estratégicas para botões importantes, além de uma interface limpa que organize melhor o conteúdo. 

4.  Os menus em cascata são alternativas interessantes para explorar subtemas, mas eles dificultam o acesso de pessoas com deficiência físico-motoras. Por isso, monte um planejamento prévio que inclua mais conteúdos em cada categoria de forma organizada, o que exige uma menor coordenação motora do usuário. 

5. Analfabetos também podem ser incluídos na programação de sites e aplicativos. Uma hipótese que facilita a navegação destes usuários é a interface intuitiva, onde símbolos e cores facilitam a navegação mesmo que a pessoa não saiba ler. O recurso pode ser inserido de forma discreta em conjunto com a informação de cada botão ou hiperlink, sem alterar a estética da plataforma.  
Programar com base na acessibilidade democratiza o uso de sites e aplicativos por pessoas com deficiência, facilitando a busca por informação, e até mesmo, a entrada no mercado de trabalho. Hoje já existem startups brasileiras focadas em promover tecnologia inclusiva, que auxilia na disseminação de novos recursos. Dessa forma, a internet acaba sendo uma ferramenta acessível e presente na rotina de todas as pessoas, promovendo a inclusão digital a todos!

Publicações Relacionadas