Igualar as possibilidades de aprendizado de todos os estudantes, desde as crianças até adultos, em um só ambiente é um dos principais objetivos da educação inclusiva. Embora o que vem à mente seja, inicialmente, o ensino de pessoas que apresentam necessidades especiais, como algum tipo de deficiência, o conceito vai muito além.

Cada indivíduo possui sua própria história, cultura, peculiaridades e capacidade física e intelectual. Portanto, com a inclusão, todos os estudantes têm a oportunidade de aprender, interagir e socializar em comunidade. Independentemente de suas limitações e particularidades.

Educação inclusiva: o que é?

Neste sentido, a educação inclusiva é uma possibilidade de desenvolvimento para todos os alunos, com e sem deficiência. Assim, essa vivência, mediada pelo caráter educativo, favorece um ambiente de reconhecimento da pluralidade e diversidade como algo natural.

“ A educação inclusiva possibilita a ampliação dos potenciais, talentos e aptidões de cada um, onde o que importa é sua capacidade de realização, evolução, potencial criativo, e não suas limitações ”, reforça Camila Braga Bittencourt, analista de educação inclusiva do Senac SC.

Princípios da educação inclusiva

Dessa forma, ela é norteada por cinco princípios:

  • Toda pessoa tem direito à educação;
  • Toda pessoa aprende;
  • O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular;
  • O convívio no ambiente escolar comum beneficia todos;
  • A educação inclusiva diz respeito a todos.

No entanto, essa proposta tem gerado grandes desafios para garantir a educação como direito de todos. Sempre respeitando e valorizando a diversidade. Afinal, incluir ultrapassa as várias dimensões sociais, políticas e humanas. Na prática, contribui para a reestruturação de práticas e ações cada vez mais integradas e sem preconceitos.

Desafios e oportunidades

Além disso, essa concepção passa pela barreira da necessidade de investimentos. Afinal, são necessários recursos financeiros para adquirir equipamentos, ferramentas, além de adaptações arquitetônicas e mobiliário acessível – que garantem o acesso de todos.

Isso sem contar que, em muitos casos, faltam educadores especializados e de funcionários preparados. “Para garantir a efetivação desse processo, é fundamental que as necessidades educacionais dos alunos sejam reconhecidas e que estes recebam suporte adequado”, comenta Camila.

O Senac SC está atento a estes novos paradigmas da educação e já consolida uma série de práticas concretas com este propósito. Foi desenvolvido, por exemplo, o “Projeto Senac de Educação Inclusiva”, que tem como objetivo nortear as ações voltadas a essa temática. Tais como capacitações, elaboração de materiais internos de orientação como o “Guia Senac de Humanização”. Além disso, foi instituído no calendário educacional os eventos “Semana de Ação pela Educação Inclusiva” e “Semana de Combate ao Bullying”. 

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