Você já se perguntou o que é ser inteligente? Pode parecer simples, mas não é. A resposta envolve uma visão geral do assunto. Considere que a inteligência pode ser caracterizada de diferentes formas e estimulada por aptidões diferenciadas. Logo, um QI alto não implica, necessariamente, em melhores resultados, já que até gênios podem ser postos de lado se não tiverem a capacidade de trabalhar coletivamente. Assim, não se preocupe com a genialidade, preocupe-se em desenvolver sua mente de maneira positiva garantindo boas emoções, como por exemplo encarando o desafio dos 100 HappyDays, já visto aqui no blog.

Nos últimos anos, a Inteligência Emocional vem sendo apontada como um dos grandes diferenciais para o sucesso. Consciente da situação, o Senac preparou uma série especial de postagens para apresentar o tema e promover o desenvolvimento desta habilidade em nossos seguidores.

No livro Inteligência Emocional: A Teoria Revolucionária que redefine o que é ser Inteligente, o psicólogo Daniel Goleman populariza o assunto. Ele inicia o texto contando a história de um simpático motorista de ônibus de Nova Iorque. O homem cumprimentava os passageiros espontaneamente. A princípio, as pessoas eram resistentes, mas no decorrer do percurso ele contava detalhes e possibilidades da cidade, o que evolvia cada um. Ao descer do ônibus, as pessoas estavam renovadas e respondiam os cumprimentos do motorista e levavam o bem estar para todos os lados. A situação torna evidente a força de mudança que possuímos ao desenvolver empatia por quem nos cerca. Assim, o momento é transformado em algo único, deixando o cotidiano especial.

Em seguida, o autor apresenta, nas cinco partes da publicação, que o importante é ser bom na vida. Para isso, o indivíduo deve desenvolver o auto-controle, ter persistência e foco, além de ser capaz de lidar com as emoções negativas que normalmente atrapalham a rotina. A recomendação é tirar das paixões a motivação necessária frente aos desafios e também olhar os outros como iguais, dando espaço para a empatia e entendendo o sentimento alheio. Faça uma mistura desses elementos e terá eficiência na vida, com um alto quociente emocional (QE).

Você consegue visualizar quantos problemas ocorrem no dia a dia em decorrência da carência desse tipo de inteligência? Observe no trabalho: apesar de um bom nível de QI ser necessário para conquistar um emprego, o que também determina o seu desempenho é o lado emocional, capaz de promover ou prejudicar a carreira. Então, por mais importante que seja treinar seu cérebro, preocupe-se também em otimizar seu QE.

Um experimento proposto por Walter Mischel na década de 60 evidenciou como ter a inteligência emocional bem desenvolvida, desde a infância, faz muita diferença. Imagine a situação: com quatro anos de idade, alguém lhe dá um marshmallow e propõe que, se você aguentar um tempo sem comer, ganhará outro. Sozinho na sala, os 20 minutos parecem uma eternidade. Que tal ver o vídeo e entender como tudo acontece?

Agora, visualize essas crianças que resistiram ao impulso 15 anos depois. O acompanhamento e análise da vida dos adolescentes constatou que:

“A diferença emocional e social entre os pré-escolares que agarraram o marshmallow e seus colegas que adiaram a satisfação era impressionante. Os que resistiram à tentação aos quatro anos eram, agora, adolescentes mais socialmente competentes: pessoalmente eficazes, autoassertivos e mais bem capacitados para enfrentar as frustrações da vida. Tinham menos probabilidades de desmontar-se, paralisar-se ou regredir sob tensão, ou ficar abalados e desarvorados quando pressionados; aceitavam desafios e iam até o fim, em vez de desistir mesmo diante de dificuldades; eram autodependentes e confiantes, confiáveis e firmes; tomavam iniciativas e mergulhavam em projetos e, mais de uma década depois, ainda podiam adiar a satisfação na busca de suas metas.” – Daniel Goleman

Mesmo que sua inteligência emocional necessite de cuidados, com a maturidade, esforço e dedicação, será possível atingir altos índicies de QE. Assim, você ampliará o intervalo entre impulso e ação, e terá melhores resultados. Percebeu o quão importante é desenvolver esta capacidade? Na próxima postagem da série, falaremos de como a empatia pode impactar no trabalho coletivo e liderança. Até lá, aproveite para ver mais dicas que ajudam a desenvolver sua liderança.

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