Apesar de a alimentação existir desde sempre, a história da Gastronomia é relativamente nova. Isso porque se entende por Gastronomia, o conjunto de culinária, bebidas, ingredientes e culturas usados na elaboração dos pratos.
Dessa forma, foi só no reinado de Luis XIV, na França, que a nobreza passou a se interessar pelas regras e normas do que é de fato Gastronomia. Foi aí, que passou a se diferenciar a alimentação como necessidade e como ritual sociocultural.
Hoje em dia, é comum que as pessoas prezem não somente pelo sabor de um prato, mas pela experiência gastronômica completa. Continue a leitura e veja como trazer inovação para a gastronomia.
Antes de mais nada, é preciso lembrar que existem infinitos tipos de cozinha que podem ter diversas classificações. Dentre elas é possível citar a cozinha gourmet, vegana, religiosa, sustentável, alta e baixa gastronomia, além da gastronomia nacional, que leva à uma imersão cultural de cada país.
A palavra é comumente usada para indicar alguma sofisticação ou qualidade que indique diferenciação do mercado. Porém, para que o prato seja considerado gourmet é preciso ter um ingrediente ou preparo refinado, nobre ou raro.
O veganismo consiste em não usar nenhum ingrediente de origem animal, ou seja, aqui são excluídos carnes, ovos, leite, queijo, etc. Nesse tipo de Gastronomia, são usados apenas ingredientes vegetais fazendo pratos que podem, inclusive, referenciar pratos carnívoros.
Essa Gastronomia geralmente envolve muito sobre a cultura de um povo. Normalmente ela é compartilhada por nações que possuem uma tradição religiosa como a comida judaica ou islâmica.
Nesse tipo de Gastronomia, a preocupação está em trazer para o prato ingredientes que tenham o cultivo e origem que priorizem o bem estar para o corpo e o meio ambiente em toda a cadeia produtiva.
Para ser considerada alta gastronomia, é necessário oferecer um serviço personalizado e com ingredientes de alta qualidade. Sendo assim, o serviço conta com chefes que estudam e planejam pratos com receitas únicas e exclusivas.
Por outro lado, a baixa gastronomia não tem a ver diretamente com falta de qualidade, mas com regionalidade e ambiente. Isso porque se considera toda a experiência dos restaurantes que oferecem comidas regionais e tradicionais, como comida de boteco.
Ou seja, é considerado baixa gastronomia, aquelas comidas que não possuem requinte e glamour de uma comida exclusiva e planejada como da alta gastronomia.
Por fim, a gastronomia nacional tem muito relacionamento com o país de origem. Ela imprime a cultura, tradições, regionalidades e elementos da sua história, por isso, é diferente em cada país. A gastronomia italiana, por exemplo, é repleta de massas, enquanto a gastronomia mexicana traduz a paixão pelo sabor picante. Já a gastronomia brasileira, traz como carro chefe a feijoada.
Criatividade, mistura de gastronomia, novos modos de preparo, alimentos orgânicos… Dentre os vários tipos de gastronomia, é normal que a inovação venha através de muitas vertentes. E não apenas nos ingredientes, preparos e apresentações. A inovação na gastronomia ocorre também na experiência do cliente e até para novos negócios.
Apesar de no Brasil os food trucks terem ganhado uma nova configuração ficando, geralmente em pátios gastronômicos, a tendência é de que voltem a ganhar força. Porém, são Food Trucks de verdade, itinerantes e que passam por diversos pontos na cidade. Na França, isso têm acontecido e, por ser berço da Gastronomia, a tendência é que os outros países adotem a ideia.
Prática inovadora que vêm ganhando tendência no berço da gastronomia. Nessa culinária, há mistura de cores e sabores de diversas gastronomias nacionais, trazendo novas configurações para os pratos e sabores inéditos.
Cada vez mais presente e procurada, a gastronomia sustentável vem ganhando força com ingredientes orgânicos e locais. Com essa prática, há uma mudança constante no cardápio, já que o uso dos ingredientes se dá, principalmente, pela época de colheita.
O consumo mudou, mas o bom gosto continua presente no paladar do consumidor. Com isso, a aposta está em refazer pratos clássicos mas com modo de preparo e ingredientes que otimizem o tempo de espera.
Em novas oportunidades de negócios, estão as Foodtechs. A junção da gastronomia com tecnologia busca desenvolver maneiras de aliar produção, distribuição e consumo para obter soluções que beneficiem principalmente a população mais vulnerável.
Essa nova oportunidade é uma grande aliada da gastronomia sustentável, já que busca o equilíbrio entre homem e natureza quando o assunto é alimentação.
Nesse sentido, o Senac SC, junto com a Epagri, estudam o potencial de uma alga que ainda é pouco explorada na elaboração de pratos. Ainda assim, essa mesma alga foi usada pela professora Maria Garcia na etapa regional do Festival Enchefs e ganhou o primeiro lugar.
Além disso, esse estudo tem a possibilidade de gerar emprego e demanda para pequenos produtores marítimos. A matéria completa sobre esse estudo você pode ler aqui.
Mais do que ajuda na produção ou atendimento selfservice, hoje em dia há atendimento com robôs que recebem os clientes, anotam pedidos, entregam o pedido e recolhem os pratos. O segredo para esse projeto inovador está na inteligência artificial. No entanto, para a maioria dos restaurantes isso pode ser uma realidade distante, primeiro pelo custo e segundo pelo contato humanizado com o cliente.
Com a força das modalidades de trabalho “all office”, é comum que muitas pessoas usem de locais como bares, restaurantes e cafeterias para trabalhar durante o dia. Sendo assim, preparar ambientes para receber clientes que usam da estrutura para trabalhar, é uma forte tendência.
Para quem atua na gastronomia, é importante manter o radar sempre ligado para novas tecnologias. Por se tratar de uma necessidade básica, mas que ganha requintes culturais, é possível ganhar o cliente pela inovação na forma de preparo dos alimentos, mas também pela experiência proporcionada em todos os momentos.
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