Qual é a primeira coisa que você pensa quando ouve falar sobre cidades inteligentes? Há quem acredite que as cidades inteligentes são regiões totalmente tecnológicas. Porém, o seu conceito ultrapassa questões de tecnologia, já que busca integrar esses recursos a lugares públicos de uma cidade.

Em algumas grandes cidades, os problemas de infraestrutura, qualidade de vida e serviços público são mais perceptíveis. Um projeto inteligente precisa incluir serviços de qualidade, ou seja, pode unir a tecnologia com o uso estratégico de serviços e de planejamento e gestão urbana, promovendo a melhoria da cidade para os moradores da região. 

Portanto, a tecnologia é um suporte utilizado que colabora para promover o bem-estar dos moradores, o crescimento econômico e a sustentabilidade. Essas ações podem ser vistas a partir de um planejamento urbano, habitação social, energia, mobilidade urbana, coleta de lixo e controle da poluição do ar.

Uma cidade tecnológica deve pensar em ambientes adequados para as pessoas, precisa estar à disposição e ser acessível a todos. O objetivo é estimular a integração social com a cidade e, a partir disso, usar o desenvolvimento da tecnologia para tornar os serviços mais eficazes.

Para que isso aconteça, é importante que seja um trabalho feito em conjunto, com a participação tanto de quem governa as cidades quanto de empresas e moradores. Assim, é possível criar uma cidade inteligente de acordo com as necessidades da região.

As cidades e regiões possuem necessidades distintas. Dessa forma, cada uma precisa ter o seu modelo de cidade inteligente, considerando informações sobre a população de cada cidade, para que sejam pensadas soluções realmente proveitosas.

No Brasil ainda temos problemas em encontrar cidades inteligentes, o que acontece são projetos realizados para um determinado bairro ou um serviço dentro desse conceito. Para que haja cidades inteligentes no país, elas precisam buscar melhorias e investimento em inclusão e atender as diferentes realidades de cada região.

KCWS 2019 em Florianópolis

Neste ano, foi a primeira vez que o evento  Knowledge Cities World Summit (KCWS) aconteceu no Brasil. Entre os dias 4 e 7 de novembro, em Florianópolis, debateu o uso do conhecimento para tornar cidades mais inteligentes e contribuir para resolução de problemas das regiões.

O tema da conferência “Inovação e Sustentabilidade na Era do Conhecimento” reuniu a academia, o governo, a sociedade e os empresários para debaterem como usar a tecnologia e a inovação nas cidades, para o desenvolvimento econômico, social e proteção aos ecossistemas. 

O evento também apresentou soluções para problemas históricos, como inclusão social, mobilidade e preservação do meio ambiente. Na capital catarinense, o objetivo principal é resolver questões como planejamento urbano, mobilidade, segurança e saneamento básico para oferecer qualidade de vida aos moradores e turistas.

Leia também sobre como foi o encerramento do KCWS 2019. 

Livros sobre cidades inteligentes

Se você adora uma boa leitura e deseja entender mais sobre cidades inteligentes, que tal ler um livro para se aprofundar um pouquinho mais no assunto?

No livro “Cidades sustentáveis, cidades inteligentes”, escrito por Carlos Leite de Souza, o autor fala sobre a importância da sustentabilidade nas cidades, apresenta os desafios enfrentados em um projeto de cidade inteligente e exemplos de iniciativas bem-sucedidas.

O livro “Construindo Cidades Inteligentes”, de André Marcelo Panhan, Leonardo de Souza Mendes e Gean Davis Breda, aborda a diferença de cidades construídas no modelo tradicional e as cidades inteligentes, além de apresentar elementos para o desenvolvimento tecnológico das cidades. 

E na sua cidade, o que você mudaria para deixá-la mais funcional, inclusiva e sustentável, dentro dos conceitos de cidade inteligente? Busque os poderes públicos e privados para suscitar o debate e quem sabe promover boas mudanças em sua região.

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