Caminhos na área de TI
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Apesar da “má fama”, os bitcoins surgiram em 2009 no mercado como uma solução para o problema financeiro do mundo moderno. Afinal, trata-se de uma moeda que não precisa se apoiar na confiança – de governos, bancos ou estabilidade política – mas em provas criptográficas. Ou seja: o Bitcoin depende de um sistema próprio de geração de moeda para garantir que a inflação e oferta de dinheiro estejam (ou não) controladas.
Pouco a pouco, a moeda vem ganhando espaço no mercado. Já existe uma loja virtual nos EUA que trabalha exclusivamente com pagamento em bitcoins, a Bitcoin Shop. No Brasil, não é diferente: a cada dia é possível encontrar novos estabelecimentos que trabalham com a tecnologia.
Em São Paulo, o bar e bicicletaria Las Magrelas aceita bitcoins para “basicamente tudo” e o câmbio é feito de acordo com o valor do dia. A loja virtual de bebidas Terra Brasilis também já tem cotação para aqueles que optarem pela moeda. A construtora Tecnisa aproveitou a oportunidade e fez mais: além de aceitar bitcoins como parte do pagamento, eles ainda dão 5% a mais para pagar a entrada do imóvel.
As transações feitas por esse tipo de moeda virtual são irreversíveis e também é garantida a idoneidade da transferência através de segurança criptográfica. A partir de um complexo algoritmo matemático, os bitcoins são gerados em uma quantidade limitada, já que é preciso o esforço de máquinas que produzem a moeda em um processo conhecido como mineração.
Dessa maneira, as transações são basicamente uma troca de bits. Você decide que quer comprar, vai até uma empresa financeira que trabalha com a moeda virtual e pronto: uma quantidade de bits passa de um lado para o outro, com uma autorização criptografada do proprietário e a transação está concluída. Rápido, prático e seguro, certo?
Um dos principais problemas para quem pensa em investir na moeda é a sua volatilidade. O bitcoin parte do princípio que a lei de oferta e procura é que estabelece o seu valor, não há interferência de governos – trata-se de um modelo de livre mercado descentralizado.
Não à toa, desde o início do ano, a moeda já acumula uma alta de 120% e, hoje, 1 Bitcoin vale cerca de US$ 2.2 mil – cerca de R$ 7 mil. Portanto, por enquanto o que se sabe é que o investimento em bitcoins possui retorno incerto devido a sua volatilidade.
Um dos principais problemas dos bitcoins é o fato da moeda ainda não ser regulamentada e pouco rastreável. Assim, acaba sendo a opção mais “segura” para transações ilegais. Criminosos cibernéticos recebem em bitcoins e, em seguida, trocam para reais sem precisar prestar contas de como, quando ou com quem conseguiram tais valores.
E você, já teve alguma experiência com os bitcoins? Compartilhe com a gente!
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