No dia 8 de setembro é comemorado o Dia Mundial da Alfabetização. A data, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1967, tem o objetivo de fomentar a alfabetização ao redor do mundo.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Estatística da Unesco (UIS), 757 milhões de adultos no mundo não sabem ler, escrever ou efetuar as contas básicas. E 250 milhões de crianças são consideradas analfabetas funcionais, ou seja: passaram pela escola, mas não conseguem compreender aquilo que leem.

Nos últimos 15 anos, a taxa de analfabetismo no Brasil diminuiu de 13,63% para 7,41%, mas ainda representa um número bastante expressivo: cerca de 13,23 milhões de brasileiros acima dos 15 anos ainda não sabem ler ou escrever. No entanto, se analisarmos a população mais jovem – entre 15 e 24 anos -, a porcentagem diminui consideravelmente. Apenas 1,07% deles ainda não estão alfabetizados (no ano de 2000, eram 5,82%).

Apesar dos números mostrarem um avanço considerável, ainda há muito o que se fazer. O Indicador do Analfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012 trouxe dados que mostram que, apesar do acesso facilitado às escolas, a inclusão no sistema de ensino não melhorou os níveis de alfabetização. O que significa que o fato do indivíduo frequentar a escola não garante o real aprendizado dele. Isso ocorre porque a alfabetização não é apenas o processo de aprender letras e conseguir lê-las e escrevê-las de forma correta. É necessário que haja uma capacidade de compreender aquilo que é lido/escrito. De nada adianta uma população que saiba pronunciar aquilo que vê em uma folha de papel, mas não tenha um real entendimento do que aquelas palavras significam.

Uma sociedade com altos índices de alfabetização traz benefícios extremos para o desenvolvimento de um país. Entre eles:

Promoção do desenvolvimento sustentável

Nos mais variados aspectos: de melhor assistência técnica e segurança até a erradicação da pobreza e a promoção do trabalho decente. A alfabetização deve ser entendida “como um direito humano, como uma força para a dignidade, e como a base para sociedades coesas e o desenvolvimento sustentável”, explica a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.

Melhores índices de desenvolvimento humano

Elemento responsável pelo desenvolvimento de um país, uma população alfabetizada tem acesso ao conhecimento. Assim, maiores são as chances de conquistar empregos e salários melhores, oferecendo uma condição de vida mais digna e humana a sua família.  

Uma população alfabetizada decide melhor os rumos do país

Uma sociedade alfabetizada e letrada é uma sociedade melhor organizada. A partir do momento em que toda uma população é capaz de ler e compreender informações as quais tem acesso, ela consegue formar opiniões mais sólidas e contribuir efetivamente na decisão dos rumos do seu país. A alfabetização é um fator essencial para o empoderamento de uma sociedade.

Diminuição das injustiças sociais

O acesso ao conhecimento não deve ser um privilégio, mas um direito de todos. Assim, cria-se uma condição de relativa igualdade, em que todos podem lutar para alcançar seus sonhos, tanto profissionais quanto pessoais.

Ciente de todas essas vantagens de uma população devidamente alfabetizada, no ano passado, a ONU, junto da Unesco, estabeleceu como meta a erradicação do analfabetismo até o ano de 2030. Para isso, precisamos reestruturar a educação em todos os níveis, mas principalmente a fase primária, quando as crianças iniciam a vida escolar. Assim, os profissionais da área precisam desenvolver a visão crítica e reflexiva a respeito dos fundamentos e das estratégias educacionais/pedagógicas para exercer a docência na infância de maneira mais eficiente.
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