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Todo mundo pode ser empreendedor, basta ter a chance de libertar o seu potencial escondido. Esse conceito é defendido por Muhammad Yunus, economista bengalês que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2006 pelo trabalho social realizado no sul da Ásia. Para ele, a semente empreendedora faz parte das características inatas da espécie humana e, diferentemente do que se acreditou durante muitos anos, não existe apenas um caminho para fazê-la florescer.
No Brasil, o empreendedorismo está na moda. De acordo com a organização Endeavor, 80% dos estudantes universitários e recém formados desejam ter o seu próprio negócio e, segundo a pesquisa “Global Entrepreneurship Monitor”, 34 em cada 100 brasileiros com idade entre 18 e 64 anos possuem um CNPJ próprio ou estão envolvidos com a criação de um. Contudo, apesar desses números bastante expressivos, ainda existe um certo desconhecimento sobre as várias nuances do empreendedorismo.
Para José Dornelas, professor especialista no assunto, não existe um único tipo de empreendedor. Ao analisar as características de grandes empresários brasileiros – como Antônio Ermírio de Moraes (Grupo Votorantim), Sílvio Santos (SBT), Abílio Diniz (BRF), Samuel Klein (Casas Bahia) e Luíza Helena Trajano (Magazine Luiza), entre outros – e compará-las a 399 voluntários, o autor conseguiu traçar oito tipos de perfis empreendedores recorrentes. São eles:
É o tipo de pessoa que possui uma história de vida emocionante e, não raro, iniciou sua carreira com dificuldades financeiras. Esse empreendedor geralmente entra para o mercado de trabalho ainda muito jovem, adquirindo grande experiência nas artes de negociação e vendas.
Visionários, os homens e mulheres que atendem a esse perfil são muito otimistas e, mesmo trabalhando um alto número de horas durante a semana, nunca perdem o sorriso do rosto. Geralmente possuem um laço muito forte com a sua família e com a sua religião.
Bastante comum, esse tipo de empreendedor é uma pessoa que, quando menos esperava, encontrou uma oportunidade de negócio atraente, abraçando-a. Antes de se encontrar nessa situação favorável, esse perfil nunca havia considerado abrir uma empresa, focando toda a sua atenção em seguir carreira dentro de uma grande corporação. Muitas vezes, é uma pessoa que se torna empresário por meio de sociedade e não por iniciativa própria, aprendendo a lidar com os desafios do mercado no decorrer da jornada.
É o tipo de pessoa apaixonada pelo ato de empreender. Por isso, não se contenta em abrir uma empresa e ficar à frente dela até que se torne um sucesso. Quando as coisas começam a se estabilizar, o empreendedor serial opta por procurar o próximo desafio.
Dinâmico, esse empresário está sempre atento a tudo que ocorre ao seu redor. Frequenta muitos eventos do ramo, participa de associações e é mestre do networking. É visto como um líder motivador e um negociador talentoso. Não ter medo do fracasso é a sua melhor qualidade.
Esse é um empreendedor que tem sido cada vez mais valorizado devido a sua capacidade de inovar e renovar processos dentro de outras empresas. Trabalha com foco nos resultados, assume riscos e desenvolve estratégias avançadas de negociação. É um comunicador excelente, sabe vender as suas ideias e possui uma vasta rede denetworking. Contudo, devido ao fato de não ser o dono da organização, precisa aprender a lidar com o desafio da falta de autonomia.
Sua missão de vida é construir um mundo melhor e mais justo para as futuras gerações. Possui características parecidas com as dos demais empreendedores, mas a diferença é que os resultados dos seus projetos visam trazer benefícios para um grupo necessitado e não para si. Para países em desenvolvimento, como o Brasil, o empreendedor social é de extrema importância, pois auxilia a preencher lacunas deixadas pelo poder público.
De todos os empreendedores, esse é o único que não tem como objetivo principal a criação de um patrimônio financeiro.
O empreendedor por necessidade abre o seu próprio negócio porque não tem alternativa. Muitas vezes ele não possui mais acesso ao mercado de trabalho ou foi demitido, precisando trabalhar por conta própria. O envolvimento com negócios informais é bastante comum nesse perfil, desenvolvendo tarefas simples e prestando serviços em troca de um pequeno retorno financeiro. Um grande exemplo, nesse caso, são mães que trabalham de casa para complementar a renda enquanto cuidam dos filhos.
Para o autor, esse tipo de empreendedor é um grande problema social para os países em desenvolvimento, pois não contribui para a evolução da economia como um todo. Dornelas afirma que, muitas vezes, esse empreendedor é uma vítima do modelo capitalista atual, pois não possui acesso a recursos ou à educação necessária para abrir um negócio de forma estruturada.
É a pessoa responsável por continuar o legado da sua família com o desafio de multiplicar o patrimônio herdado. Por ter nascido em um berço empreendedor, muitas vezes esse tipo de empresário inicia seu aprendizado muito cedo e acaba por assumir cargos de direção ainda jovem.
Alguns dos representantes desse perfil têm um forte senso de independência, desejando inovar e mudar as regras nas organizações criadas pelos seus pais e avós. Já outros preferem seguir a velha máxima de “em time que está ganhando não se mexe”.
Organizado, esse perfil “faz a lição de casa” antes de pensar em empreender. Por saber que os empresários bem-sucedidos geralmente são aqueles que valorizam um bom planejamento estratégico, esses homens e mulheres optam por buscar mais conhecimento por meio de cursos de educação empreendedora.
Seu objetivo é alcançar a sustentabilidade financeira do seu negócio e, por isso, busca sempre analisar detalhadamente todos passos do empreendimento, minimizando os riscos e procurando garantir os melhores resultados.
Empreender é uma atividade importante para o futuro econômico de todos os países e, por isso, deve ser encorajada desde os primeiros anos. Se você, assim como o perfil número 8, também deseja obter o conhecimento necessário para minimizar os riscos de uma nova empreitada, conheça os cursos de Pós-Graduação do Senac.
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