Imagine a seguinte situação: você chega em casa após um típico dia de semana, senta-se no sofá e pensa “agora é hora de descansar”. Na mesa de centro à sua frente, você observa o controle da sua televisão, o seu celular vibrando com notificações e um livro.

Qual seria a sua primeira opção de lazer?

Se você pensou no livro, parabéns! Provavelmente, essa não seria a primeira escolha da grande maioria – o que é uma pena.

Bons livros possibilitam nos transportar para outras épocas, permitem que conheçamos outros costumes e que sonhemos com o futuro. Mas, a função mais importante que um livro pode ter é nos fazer pensar de verdade. Sem elementos visuais e sem barulhos excessivos, tudo o que existe entre você e a obra é a sua imaginação e a sua própria interpretação. Convenhamos: é só isso que você realmente precisa.

Portanto, se você tem menos de 30 anos, aproveite para conhecer algumas obras clássicas (outras nem tanto) que transformarão sua forma de ver o mundo. Se você já passou dessa idade e ainda não leu uma dessas obras, não se preocupe. Você também pode aproveitar as sugestões de leitura.

Lançado na década de 50, o livro descreve a história de um governo totalitário que proíbe qualquer tipo de material de leitura a seus cidadãos, visando limitar o seu poder intelectual ao mínimo necessário. Na obra, toda a comunicação é controlada e a única forma de consumir informação é por meio de canais de TV patrocinados pelo Estado.

1984, de George Orwell

No mesmo estilo do livro anterior, “1984” denunciou os perigos do totalitarismo e se tornou um dos romances mais influentes do século XX. Na história, não existe o conceito de liberdade ou privacidade. Todas as pessoas estão sob vigilância incessante do “Big Brother” – em português, “Grande Irmão” – que observa a tudo e a todos por meio de telas espalhadas pelas ruas das cidades. E aí, parece familiar?

Nem só de romances e ficções sobrevive a boa literatura. Stephen Hawking – um dos grandes nomes da teoria física da atualidade – prova que é possível fazer livros de divulgação científica de maneira interessante, envolvente e acessível para leigos em geral. Na obra, Hawking busca trazer respostas para alguns dos principais questionamentos da humanidade, como por exemplo, “qual a origem do universo?”.

Esta lista jamais estaria completa sem um representante nacional, não é mesmo? Melhor ainda que esse representante seja um livro de peso como “K.”.

Aclamado pela crítica, a obra narra a história de um pai em busca da filha que desapareceu durante a ditadura militar, situação bastante familiar para inúmeros pais e mães brasileiros ainda hoje. Mais do que apenas um livro, “K.” serve como um lembrete de um dos capítulos mais terríveis da história do Brasil, um período que todo jovem deveria conhecer.

Eleito um dos maiores romances da língua inglesa até o momento, o livro retrata a sociedade nova-iorquina durante os anos 20, época conhecida como a “Era do Jazz”. Com escrita envolvente, Fitzgerald apresenta uma crítica social à futilidade exagerada por trás do “sonho americano” de uma maneira que – quase 100 anos depois – sua obra continua a fazer grande sucesso.

A fórmula é infalível: um jovem solitário, um professor interessado em incentivar a criatividade dos seus alunos e dois novos amigos de moral (levemente) duvidosa. Como poderia dar errado? O livro, publicado em 2007, apresenta as relações familiares e de amizade de uma maneira bastante real, transportando o leitor para a sua própria adolescência – fase de descobertas, emoções e, principalmente, muitas dúvidas.

Um bom livro para crianças? Sim. Um bom livro para adultos? Também. “O Pequeno Príncipe” é uma das obras mais adoradas em todo o mundo, o que a levou a conquistar o quarto lugar na lista de livros mais vendidos de todos os tempos. Para os críticos, o que mais chama a atenção é a capacidade de que a história tem de emocionar leitores de todas as idades, trazendo um novo olhar – mais puro e ingênuo – sobre a vida.

E você, qual livro recomenda? Escreva nos comentários.

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