Tudo bem: hoje é quarta-feira de cinzas e você provavelmente já tomou sua dose de cerveja durante o carnaval. Mas não vamos falar em beber. Vamos falar em fazer! Já pensou nisso?

Em Florianópolis, grupos de amigos entusiastas da bebida pensaram. Nas cozinhas, garagens e fundos de suas casas, resolveram produzir sua própria cerveja, o que exige um ritual cuidadoso, além de tempo e precisão. Talvez você até já tenha ouvido falar de algumas destas iniciativas, que deram origem aos rótulos Bruxa, Avatar, Itacorubier, Sambaqui, Traíra e Faixa Preta. Ou então os chopes da Craft Bier e da Moçambique.

 “Fazer cerveja está mais perto de ser uma arte do que uma ciência”

São poucos ingredientes, através dos quais é possível criar uma grande variedade da bebida, modificando apenas o tempo e a forma de produzir. Em geral, deve-se moer o malte, misturar o lúpulo, acrescentar fermento. Aquecer filtrar, ferver, resfriar, maturar, envasar. Dá trabalho, viu? Mas há uma parte que compensa – o paladar.

Junte estas etapas à paciência, panelas e um pouco de improviso.  É possível fazer como estes grupos da capital catarinense e unir-se a eles através da Associação dos Cervejeiros Artesanais (ACervA). Segundo Max Prujansky, sócio fundador da associação (em entrevista ao ClicRBS), 50% dos membros da AcervA em Santa Catarina são da Grande Florianópolis. O restante está espalhado, principalmente, por Joinville, Blumenau, Jaraguá do Sul e Criciúma.

Max Prujansky, sócio-fundador da ACervA e criador da cerveja Traíra. Divulgação/ClicRBS

Max é carioca e há cinco anos tem cerveja como hobby. Em suas tentativas, criou a cerveja Traíra: “Hoje, temos vários rótulos. Mas quem faz cerveja, geralmente, está procurando sabores diferentes. Em casa, você pode temperá-la como quiser”, conta Max. Ele, particularmente, é fã de limão siciliano e noz moscada nas receitas. Durante esses anos ativos, o cervejeiro garante que só teve que jogar todo o líquido fora uma única vez – lá no começo – e que se não houver falta de higiene ou contato com o ar, a bebida é sucesso garantido.

As cervejas caseiras não tem licença para venda. Para prova-las, você pode pegar uma noite de degustação na Academia da Cerveja, no Bairro Trindade em Florianópolis.

A cerveja Sambaqui é um pouco diferente. Seu produtor, Filipe Costa, de 34 anos, trocou as panelas por enormes tonéis interligados, com capacidade de produzir de 100 a 150 litros por vez. A bebida pode ser provada em dois diferentes eventos, o Sambaqui Convida e o Sambaqui Harmoniza.

Filipe Costa, cerveja Sambaqui e enormes tonéis interligado. Divulgação/ClicRBS.

Já um rótulo de chopp que citamos no início do post, já possui status profissional. O Chopp Craft Bier segue a Lei de Pureza alemã, segundo o qual uma cerveja deveria ser produzida apenas com água, malte e lúpulo. A bebida é distribuída em cinco pontos de venda na capital e em loja própria, o Empório Sweet Home.

As informações são da Revista de Verão do ClicRBS.

 

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