Seja pela baixa divulgação de nossas obras ou por elas possuírem uma estrutura um pouco diferente das grandes narrativas internacionais, o cinema nacional ainda sofre uma barreira grande na hora de cativar o público e ganhar as salas de cinema Brasil afora.
É fato também que, nos últimos anos, o cenário melhorou. Filmes feitos por diretores brasileiros ganharam festivais ao redor do mundo e trouxeram certa atenção aos trabalhos cinematográficos produzidos aqui. No entanto, não é preciso esperar até que festivais internacionais reconheçam nosso trabalho. Basta pesquisar um pouquinho para perceber que muitos filmes bons são lançados todos os anos no Brasil, apesar de todas as dificuldades que o setor enfrenta para obter recursos.
Nós aproveitamos que ontem foi o Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual para resgatar algumas dessas obras que você não pode deixar de assistir! Tem para todos os gostos, viu?
O longa-metragem mostra a realidade de Val, uma empregada doméstica que “é quase da família”. Ou seja: criou os filhos dos patrões, mas dorme no quartinho dos fundos e, na hora das refeições, senta-se separada. Em determinado momento, a chegada de Jéssica, filha de Val, muda o rumo rotineiro da história. Questionadora, ela chega para seduzir o pai e o filho, contestar a autoridade da patroa e desestabilizar a própria mãe.
Para quem prefere uma comédia romântica, “Apenas o Fim” é uma ótima escolha! Erika Mader e Gregório Duvivier interpretam um casal que têm duas horas para se despedir. Enquanto Antônio tenta convencer a namorada a não ir embora, eles têm diálogos inteligentes e cheios de referência à cultura pop – quem nasceu nos anos 1990 certamente se identificará.
Dirigido pelo cineasta Eduardo Coutinho, Edifício Master é um documentário que retrata a vida dos moradores em um antigo e tradicional prédio localizado em Copacabana. Para as gravações, o diretor e sua equipe moraram por três semanas no edifício, na intenção de se ambientar com os moradores. Eles entrevistaram 37 moradores, extraindo histórias íntimas e cotidianas de cada um deles.
A história gira em torno de três adolescentes: Leonardo, um garoto cego; Giovana, sua melhor amiga; e Gabriel, o menino novo do colégio. À medida que os jovens se aproximam, sentimentos confusos afloram nos estudantes, criando conflitos e situações que, até então, não tinham vivenciado. E, durante toda a narrativa, Leonardo precisa lidar com as limitações que a própria família impõe ao jovem.
O filme mostra os acontecimentos pelo ponto de vista de Mauro, uma criança de doze anos que adora jogar futebol de botão. O ano é 1970, o Brasil luta pelo tricampeonato da Copa do Mundo. De uma hora para outra, a vida de Mauro muda completamente: seus pais, perseguidos pela ditadura militar, precisam fugir e o deixam com seu avô.
No entanto, o avô morre no mesmo dia em que Mauro chega, deixando-o sozinho. Agora Mauro precisa lidar com sua nova realidade, enquanto aguarda notícias dos pais.
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